Sala de defumagem. Fotos: Repórter Gourmet.
Uma cidade nova com 16 aninhos de emancipação mas que tem surpreendido o paladar de quem visita. Assim é Luís Eduardo Magalhães (LEM), um município do oeste baiano que fica a cerca de mil quilômetros de Salvador. E, nestes últimos anos recebeu muitas famílias de diversos estados do país. Entre elas estão os gaúchos, que produzem muitos alimentos defumados, como o Seu Rodolfo e Marli Regalin. Um casal super simpático que utiliza receita de família como negócio hoje em dia.
Eles mantêm em sua própria residência a empresa Fato a Mano que produz defumados, como picanha suína, lombo e salsicha, salames, costelinha, bacon, copa e kits para feijoada com pezinho, orelha, ossinhos de lombo, paio e calabresa. Seu Rodolfo conta que aprendeu a fazer com sua família. “Meu bisnono italiano que ensinou ao meu avó e o conhecimento foi passado por gerações. Lá em casa, nós éramos em seis, quatro homens e duas moças. A cada 15 dias nós carnava (matava) o porco e fazia salame, mocila (miúdos de porco e cabeça – ingredientes do sarapatel em um embutido) e torresmos”, conta um dos primeiros moradores de LEM.
Na cidade, por ter muitos gaúchos o pessoal mantém as tradições do sul, desde o hábito de beber chimarrão a preparar comidas típicas como faziam em sua terra natal. Por isso o processo de defumagem é bem conhecido na região. Outras empresas como a Pontel, dirigida por um grupo familiar, onde o filho do casal fundador toca à frente o negócio, possui uma variedade de defumados de origem animal, e também o frigorífico Flor de Lis, que lançou os seus produtos no Festival LEM Gastronomia ano passado.
